A Segurança do Paciente é um tema de grande abrangência e importância na área da saúde. Nesse contexto, é crucial que os profissionais, como enfermeiros e até mesmo outros profissionais da saúde como dentistas, estejam atentos e cooperem para garantir a integridade dos pacientes. A Segurança do Paciente transcende as especialidades e requer um esforço conjunto.
Vamos entender um pouco mais como isso funciona.
Na odontologia, por exemplo, os dentistas desempenham um papel fundamental na prevenção de complicações, como broncoaspiração, através da manutenção adequada da saúde bucal. Esta abordagem preventiva é essencial para garantir a segurança dos pacientes.
Da mesma forma, na enfermagem, a atuação é contínua e permeia diversos aspectos da assistência. A enfermagem está presente 24 horas ao lado do paciente e desempenha um papel essencial na gestão do cuidado e na segurança do paciente. Desde a atenção primária até a atenção especializada, é necessário conhecer as necessidades individuais de cada paciente e garantir um cuidado adequado.
A atuação da enfermagem no campo da Segurança do Paciente é ampla e abrange diversos setores, como assistência, gestão, coordenação e auditorias. O conhecimento nesse campo é vital para enfrentar os desafios complexos do sistema de saúde do século XXI. A evolução da enfermagem reflete a evolução do conhecimento em Segurança do Paciente, que se fortaleceu nas últimas décadas, trazendo um foco maior na prevenção de erros e na promoção de práticas seguras.
A rede de enfermagem, representada por organizações como a rede brasileira para a Segurança do Paciente, tem desempenhado um papel importante na disseminação do conhecimento e no fortalecimento das práticas de assistência. Essa colaboração entre diferentes setores, como enfermagem e odontologia, é fundamental para criar equipes de alta performance que possam promover a segurança dos pacientes de forma abrangente. A Segurança do Paciente não é apenas uma preocupação pontual, mas sim uma abordagem global que impacta todos os aspectos do cuidado de saúde.
Uma pergunta que frequentemente surge é se a Segurança do Paciente já está integrada aos currículos de formação dos enfermeiros. Algumas universidades incluíram a Segurança do Paciente como uma disciplina específica, enquanto outras optaram por abordá-la de forma transversal ao longo do currículo. Uma boa saída para a valorização da segurança do paciente, é a revisão curricular, integrar a Segurança do Paciente em todas as unidades curriculares, de modo que essa abordagem se estendesse por todo o programa educacional.
Na área da enfermagem, a relação entre Segurança do Paciente e gestão é crucial. A gestão deve ser um apoio para a Segurança do Paciente, pois é através da gestão que se podem identificar riscos e desenvolver estratégias de prevenção. A equipe de enfermagem precisa fazer um diagnóstico situacional no ambiente de atuação, utilizando ferramentas de gestão para planejar suas atividades. Essa relação é baseada nos valores e missão da instituição, como ética, humanização e responsabilização, que influenciam a cultura organizacional.
O núcleo de Segurança do Paciente e a equipe de enfermagem mapeiam processos, identificam riscos e estabelecem indicadores. A partir disso, elaboram um plano de ação que pode ser integrado ao planejamento estratégico da instituição, fortalecendo a prática da Segurança do Paciente. Essa abordagem deve ser transversal, envolvendo todas as categorias de profissionais na instituição para garantir um ambiente seguro para o paciente.
No Brasil, a Segurança do Paciente já era discutida antes da criação da Anvisa. A rede sentinela, composta por hospitais de grande porte, foi pioneira nesse trabalho, desenvolvendo ações de vigilância e monitoramento. O Ceará, em especial, teve um papel destacado nesse contexto, com hospitais como César Cals e HGF sendo pioneiros na rede sentinela. A Anvisa promoveu a validação de práticas, como o uso de bombas de infusão para transfusões sanguíneas, e posteriormente abriu o acesso à rede sentinela a outros hospitais interessados, mesmo sem oferecer benefícios financeiros.
A relação entre Segurança do Paciente, gestão e educação é fundamental para garantir práticas seguras em todos os níveis de atendimento. O aprendizado contínuo, as oportunidades de formação e a colaboração entre instituições e profissionais são essenciais para promover a cultura da Segurança do Paciente e oferecer cuidados de qualidade dentro do sistema de saúde.
*conteúdo retirado da Jornada de Liderança em Enfermagem promovida pelo Cequale
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