Para começar, precisamos falar: quem é essa profissão? E é simplesmente a maior profissão da saúde, onde temos um componente quantitativo de recursos humanos bem relevante. Com mais de 2 milhões e 600 mil profissionais enfermeiros no Brasil e aqui no Ceará, na última contabilidade foram quase 100 mil profissionais ativos. E a presença desses profissionais cerca de 80% nos serviços públicos de saúde. Isso faz com que todas as habilidades que são aprendidas na faculdade recaia sobre os enfermeiros. E justamente por essas habilidades serem muito afloradas na própria faculdade ou mesmo por aquele que decide ser enfermeiro, acabam tomando para si o compromisso e a responsabilidade de gerenciar os serviços de saúde. Logo, em todo local que existe um serviço de saúde, existe uma enfermeira ou enfermeiro para supervisionar e também existe a possibilidade desse profissional não supervisionar somente a enfermagem. Além da obrigatoriedade de ser responsável pela equipe de enfermagem a enfermagem é também na maioria das vezes dirigente desse órgão máximo ou coordenador mais específico. Pela expertise que a enfermagem tem e pelo domínio que a enfermagem tem em lidar com as políticas públicas de saúde e também coma saúde privada. Na área de saúde suplementar e em outras áreas da saúde que não só a pública.
A formação em enfermagem tem um arcabouço de disciplinas, que direciona para esse formato de gerenciamento, uma parte mais especifica de legislação. E faz o formado já sair da faculdade com o instinto de querer gerenciar os serviços de saúde sejam públicos ou privados.
No entanto para gerenciar, é necessário ter uma virtude, uma capacidade técnica muito importante nos dias de hoje que é a: Liderança. Onde não será possível avançar na condição de gestão se não souber ser líderes. É preciso ser líder para organizar todo o processo de trabalho e garantir que as relações interpessoais nos setores de saúde sejam as melhores possíveis, logo é muito desafiador.
O líder em Enfermagem muitas vezes precisa se formar no dia a dia. O que isso quer dizer?
Muitas vezes o profissonal ocupa um cargo de gestão por uma indicação, ou por uma seleção pública e na maioria das vezes é preciso aprender a ser líder, já que pode ser chefe de um determinador setor, mas não pode ser líder. E é quando se tem um chefe ao invés de um líder, os processos de trabalho têm muitas dificuldades para caminharem bem e com harmonia, para garantir os objetivos que foram propostos.
Então o primeiro passo que Enfermeiros devem ter, quando decidem ir para o caminho da Gestão é:
compreender que os serviços de saúde não precisam apenas de chefes, pessoas para mandar, apontar o dedo ou cobrar metas. Os serviços de saúde precisam de grandes líderes, pessoas que entendem o serviço, entendem a dinâmica do serviço e papel executores da empresa (sendo privada) ou do serviço público.
Esse líder tem que ter uma capacidade de resiliência, uma capacidade de manter a equipe harmonizada, de lidar com os desafios diários e sobretudo a capacidade de empatia, de estra sempre se colocando no lugar do outro.
Então esse é o maior desafio atualmente, formar enfermeiros pós-graduados em gestão e sobretudo, garantir que nesse processo de aprendizado o chefe enfermeiro não seja apenas mais um chefe, mas que se torne um grande líder, uma pessoa capaz de alinhar todo o processo de trabalho, de conduzir de forma efetiva garantindo os objetivos que se propõe a fazer na instituição de saúde. Mas com respeito, transparência e harmonia que as instituições de saúde precisam hoje.
*Conteúdo retirado da Jornada de Gestão e Liderança em Enfermagem na palestra da Ana Paula Brandão sobre os Desafios da Liderança em Enfermagem. E aí? Gostou de saber mais osbre os desafios da liderança na enfermagem? Se interessa pela área? Então não deixa de conferir o nosso MBA Gestão em Enfermagem que vai trazer a formação necessária para um enfermeiro se tornar líder se aprofundando ainda mais nesse tema e em muitos outros. Clique aqui para conhecer.
Nos vemos no próximo post. ;)
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